Imagem de sete artistas sorridentes ao redor do kit de bateria.
Tripé
30/07/2021

4 por 4 – Escuta Essa Dança – Processo Criativo

Foto colagem dos setes artistas sorrindo e interagindo com seus instrumentos musicais e sapatos de sapateado.

Lucas: Sou Lucas Oliveira, músico e guitarrista do projeto “4 por 4 – Escuta essa Dança”.

Rodrigo: Me chamo Rodrigo e sou sapateador.

Daniel: Daniel Del Carpio, toco bateria no grupo.

Alê: Alexandre Barros Brant Carvalho, sou baixista no espetáculo.

Alexandre: Meu nome é Alexandre Gonçalves Peres, sou guitarrista do espetáculo “4 por 4”.

Ana Luiza: Meu nome é Ana Luiza Yosetake e eu sou sapateadora.

Renata: Eu sou Renata Defina, sapateadora da Cia. Pé na Tábua.

🎶

Daniel: Eu lembro que um dia no hotel pra ir para a apresentação. Faltava pouco pra entrar na van. De repente: “Cadê meu sapato?”.

Alê: De sacanagem falei: “vou testar esse cofre”. Peguei o sapato dele, botei no cofre e fechei. A gente teve que ligar pra recepção pra eles usarem uma furadeira no cofre.

Alexandre: Teve toda uma mobilização do hotel. Foi uma confusão até conseguir salvar o sapato pra sairmos pra tocar.

Daniel: Uma situação bem particular.

Alê: Enfim…

O que é o espetáculo “4 por 4 – Escuta essa Dança?

Lucas: Pra mim o espetáculo é uma coisa inovadora.

Rodrigo: Ele é um momento de troca entre nós e os músicos. Entre a gente do palco e plateia.

Alê: Encontro.

Alexandre: Pra música acontecer temos que sentir ela no corpo.

Alê: A gente se conectou pelo som.

Renata: A gente entrava com o ouvido bem atento, bem aberto pra escuta, pra esse diálogo entre nós.

Ana Luiza: Pra mim a improvisação também é sobre vulnerabilidade, sobre exposição, é sobre… aquele instante, sobre o aqui agora.

Daniel: Romper todas as barreiras dos temores de dar certo ou errado. Confiar na criatividade e colocar ela à flor da pele.

Qual foi o maior perrengue ou maiores dificuldade?

Rodrigo: A maior dificuldade foi… apesar dos nossos pés, dos nosso sapatos estarem com mic, era fazer com que o nosso som chegasse na mesma altura ou volume dos músicos.

Ana Luiza: Enfiava o pé no chão e mesmo assim a gente não conseguia chegar no mesmo volume que os músicos.

Renata: Às vezes tinha desnível no chão, porque podia ser calçadão, espaço aberto, praça.

Qual a sua música favorita do espetáculo?

Daniel: Por ser um espetáculo muito, muito vivo, eu diria que a música favorita depende do momento. Tem situações diferentes. Em cada espetáculo, uma música pode ser a favorita.

Alê: Autum Leaves. É um solo que eu faço com a Ana. E que a gente vai descobrir o que acontece na hora. Play free total.

Ana Luiza: Quando chegava o momento da gente fazer o I’ve Got Rhythm.

Renata: Ia entrando um músico de cada vez. Eu gostava muito desse trecho. Tinha um brilho todo especial.

Qual a sua melhor memória do espetáculo?

Lucas: O Alê Brant no baixo e eu na guitarra, a gente fica segurando a base o tempo todo. E uma dessas situações que na finalização da música o Dani estava fora da bateria. Ele deu um sinal pra eu finalizar a música, pegou a baqueta e jogou.

Daniel: E não é que deu super certo? Ele fez a frase e o prato caiu justo no momento.

Alexandre: A gente comemorou como se fosse um gol.

Lucas: Quem viu, viu. Quem não viu…

Se pudesse mudar alguma coisa, o que seria?

Alê: Mudar algo?

Renata: Sapatear músicas brasileiras.

Daniel: Eu adicionaria músicas brasileiras.

Alexandre: Eu colocaria músicas brasileiras.

Alê: Tocaria música brasileira ao invés de Jazz.

Ana: Eu mudaria a minha leveza desde o começo, ao entrar na cena, no palco.

Lucas: A gente chegou num formato do espetáculo atual muito interessante pra quem tá assistindo. E pra gente que tá fazendo também.

Do que você mais se orgulha ou sente saudade?

Alê: A galera não tava lá pra ser profissional. A gente tava lá pra fazer arte. É o meu maior orgulho do trabalho.

Ana Luiza: Da maneira como a gente algo que aparentemente é simples, como uma sessão de improviso. E como a gente tentou comunicar pra que outras pessoas compreendessem como se estrutura uma sessão de improviso.

Alexandre: Chega no palco e nunca sabe o que vai acontecer.

Alê: Depois de 2 anos de pandemia, o palco.

Lucas: Poder se apresentar normalmente com teatro, com plateia, com interação de público.

Rodrigo: Estar no palco com a incerteza do que fazer. Mas também muito aberto a todas as possibilidades.

Daniel: As experiências durante as viagens. O momento do play do palco. O retorno do público. Sinto saudade de tudo e de todos eles.

Ana Luiza: Estar no palco. Esse espetáculo realmente acontece com a vibração do público.

Alexandre: Isso dá muita vontade de estar sempre fazendo. Sinto muita saudade desse espetáculo.

Alê: É isso? Gente, é isso… Não desliga ainda, não… É isso. Ah! Amo todos vocês!


Projeto realizado com o apoio do Ministério do Turismo, Secretária Especial da Cultura, Lei Aldir Blanc e Governo do estado de São Paulo.

Compartilhe
escrito por Cia Pé na Tábua